14 dezembro, 2004

REFLEXÃO DO PENSAMENTO ANTERIOR

No último post acabei falando pouco sobre a situação pela qual tenho passado. Vou escrever porque me sinto melhor desabafando. Além disso, é bom registrar pra eu ler depois e dar risada. Lembro que achava o vestibular uma barreira intransponível. Agora vejo que não era nada.
Nessa conversa que tive com a minha amiga no churrasco, ela comentou que teve crises de choro e tudo mais. Me senti mal, pois nessas de mergulhar no trabalho, acabei deixando a vida social meio de lado e acabei falando menos com meus amigos. Não que eu tenha me esquecido deles, pelo contrário, lembrava como eram os tempos em que passavamos dias, noites e muitas madrugadas juntos, muitas vezes fazendo alguma coisa pra FAU. Lembrei como eram felizes as tardes na piscina do Cepê, das pesquisas de campo nos lugares mais esdrúxulos e tudo mais. O fato é que não estive presente em uma situação que eu e a Cris passávamos pela mesma coisa: recém-formadas. Me identifico muito com ela. Temos formações bem parecidas e acho que por isso pensamos de maneiras semelhantes. Me lembro de que quando entrei neste trabalho que estou agora, chorei muito. Não me identifiquei, não curti a equipe. Agora é um pouco diferente. Achei uma maneira de fazer as coisas do meu jeito, aplicando um pouco de criatividade. Acho que essa é a nossa grande frustração (das pessoas da FAU). Apesar de muita gente sair de lá com outros interesses que não seja a arquitetura propriamente dita, a maioria entrou porque tinha um que de vontade de criar (desenhar, fotografar, compor,...). E isso é meio sufocado qd entramos no mercado. mesmo durante estágios realizávamos trabalhos burocráticos em escritórios e eu particularmente me decepcionava a cada dia. Acho que desisti da arquitetura (projeto) por causa disso, em parte, pois sempre mexia nos projetos e demorava muito tempo pra ver eles concretizados (muitas vezes nem rolavam).
Enfim... o trampo me faz esquecer das coisas ao meu redor. Acho que preciso me organizar melhor, afinal, é bom trocar idéia com os amigos e enfrentarmos a mesma situação juntos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, toda mudança traz stress, um pouco de insegurança, uma dificuldade de se expressar à vontade em um ambiente totalmente novo.

E ainda bem que é assim.

Tateando o mundo novo vamos descobrindo onde podemos colocar nossas mãos, onde dói, até onde podemos ir, sabendo que outras pessoas também estão lá. Tomar cuidado para não pisar no pé de alguém ? Pode ser. E às vezes é preciso. Tudo depende.

Em todo jogo - digo qualquer jogo - começamos aprendendo as regras. Brincamos de 'siga o mestre'. Ao final, manipulamos as regras da forma que mais nos convém.